18 de fevereiro de 2012

PAPANGUS, SAIBA QUEM SÃO.

Duas figuras que apareceram na minha porta neste sábado de Carnaval me motivaram a postar um pouco mais sobre sua história:

PAPANGU: No Dicionário do Folclore Brasileiro, Luís da Câmara Cascudo informa que “o termo papangu vem de uma espécie grosseira, assim apelidada, e que, à espécie de farricoco (NR. encapuzado que acompanhava as procissões de penitência tocando trombeta de vez em quando), tomava parte nas extintas procissões de cinzas, caminhando a sua frente, armado de um comprido relho (chicote de couro torcido), com que ia fustigando o pessoal que impedia a sua marcha”.

Papangus de Altinho/PE Sábado 18/02/12

Figura temida, sobretudo pelas crianças, o papangu que puxava as procissões religiosas começou a ser questionado até que, em 1831, foi proibido, através das Posturas da Câmara Municipal do Recife: “Ficam proibidos os farricocos e papangus, figura de morte e de tirano, nas procissões que a Igreja celebra no tempo da Quaresma”. Depois dessa proibição, o termo papangu passou a denominar tudo o que fosse agressivo, grosseiro. Em 1846, circulou no Recife um jornal político, de linha editorial panfletária, sob o título de “O Papa-Angu”. 

Atualmente, como todo bom folião sabe, os papangus são apenas alegres mascarados que enchem as ruas das cidades pernambucanas, nos dias de carnaval. No município de Altinho/PE o Papangu ainda é personagem muito comum no Carnaval. Um ponto negativo desta história é que o cidadão não pode mais sair na feira que é abordado por pessoas que usam essa tradição pra pedir dinheiro.

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